HistóriaORIGENS A vila da Lousã provavelmente teve origem ainda nos tempos de ocupação muçulmana. Reza a lenda que um emir, ou um rei, teria mandado erguer o castelo para proteger a sua filha Peralta, pois precisaria ir para o Norte da Áfria em busca de reforços para combater as tropas cristãs. O nome deste emir seria Arunce, e em sua homenagem tanto a povoação quanto o castelo tiveram o nome de Arouce. SÉCULO X Ainda no século X, ocorreu a repovoação da área onde hoje situa-se a sede do concelho. SÉCULO XI e XII O castelo é uma icógnita quanto à sua construção. A teoria mais aceite seria de que foi erguido na época da dominação muçulmana. Há factos que indicam que D. Sesnando, um moçárabe proviniente de Tentúgal (educado em Córdova) terá construído ou reformado o imóvel. D. Sesnando foi ainda um grande nome da história local. Ele reorganizou e foi o responsável pela defesa e pacificação do vasto território. Foi ainda responsável pela reconstrução de muitos castelos como o da Lousã / Arouce, Coimbra, Montemor-o-Velho, Penacova e Penela. Durante os reinados de D. Teresa e depois de D. Afonso Henriques, a região da Lousã prosperou cada vez mais. Em 1147, foram reconquistadas Santarém e Lisboa. Com isso, o rei ordenou a recuperação de castelos importantes como o de Arouce, mencionado no foral de Miranda do Corvo em 1136. Em 1151 foi quando o castelo recebeu foral. Em 1160 ocorre a primeira referência a Lousã, sem estar ligada a Arouce, num documento régio. SÉCULO XVI A fundação da Misericórdia, a 2 de Setembro de 1566, ocorreu durante o reinado de D. Sebastião.
SÉCULO XVIII O Século XVIII foi ainda marcado pela criação da indústria do papel na Lousã (Engenho do Papel do Penedo), que assumiu grande importância na região, ganhando contratos de fornecimento para a tipografia da Companhia de Jesus de Coimbra, a Tipografia Académica fundada pelo Marquês de Pombal e até mesmo para a própria Casa da Moeda. Nesta época surgiram várias indústrias no concelho, como: a) A Fábrica do Casal de Ermio (1853/1890), tendo sido adquirida pela fábrica do Penedo algum tempo mais tarde para funcionar como central eléctrica. SÉCULO XIX e XX As Invasões Francesas trouxeram a destruição e a pilhagem aos homens e bens da localidade. No início do século XIX à passagem de Massena as suas tropas destruiram tudo o que lhes foi possível. Pilharam e queimaram as casas, celeiros e igrejas. Ao que se sabe, da Igreja Matriz levaram inúmeras pratas, entre as quais uma custódia doada no século XVI pelo Padre Cáceres. SOBRE A VILA A vila se desenvolveu inicialmente em torno do largo da Igreja Matriz, onde se situavam também o Tribunal e os Paços do Concelho. As suas poucas ruas eram estreitas e as casas pegadas umas às outras. Algumas com jardins de grande beleza. As ruas Nova, das Forças Armadas e Viscondessa do Espinhal são conhecidas pelos solares barrocos. Nestas ruas localizavam-se os edifícios de serviços públicos, como a Misericórdia. O Casal do Rio ficava um pouco mais afastado e possuía um lindíssimo palácio. No século XX foram construídos a nova Igreja Matriz, o Hospital (1888), o Teatro e o matadouro (1893). Continuando de mãos dadas ao progresso, Lousã espera para breve a construção do metro de superfície que facilitará a ligação a Coimbra. COMENTÁRIOS DOS LEITORES Ainda não há comentários para este artigo. |
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