Ilustração sobre a Localidade

Gouveia

Situada nas faldas do maior sistema montanhoso português continental está a cerca de 700m de altura.

Gouveia é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, Região Centro e sub-região da Serra da Estrela, com cerca de 3 500 habitantes.

Situada nas faldas do maior sistema montanhoso português continental está a cerca de 700m de altura.

É sede de um município com 300,61 km² de área1 e 14 046 habitantes (2011),2 3 subdividido em 16 freguesias.4 O município é limitado a norte pelo município de Fornos de Algodres, a nordeste por Celorico da Beira, a leste pela Guarda, a sueste por Manteigas, a sudoeste por Seia e a noroeste por Mangualde.


História de Gouveia

Diz-se que Gouveia terá sido povoada pelos Túrdulos no século VI a.C., no entanto os vestígios mais antigos na cidade reportam-se ao Largo do Castelo, onde nos anos 1940 foram encontrados três potes funerários, datados, à época, para a Idade do Bronze, com vestígios de incineração e restos de ossadas humanas, não sendo possível reconstruir os primórdios de Gauvé.

Do período romano são conhecidos uma ara votiva consagrado ao Deus Lusitano Salqiu5 e uma sepultura de um guerreiro romano contendo vários artefactos metálicos (machado, faca e ponta de seta) escavada na Mata da Cerca. As calçadas romanas que existem no concelho, nomeadamente em Folgosinho (Galhardos e Cantarinhos), são também prova da vivência romana na região, desconhecendo-se o seu estatuto jurídico-administrativo.

Durante a ocupação dos povos bárbaros e muçulmanos nada se conhece de Gaudella, sabendo-se apenas que Fernando, O Magno, a conquistou por capitulação aos muçulmanos em 1055.6

A rainha D. Teresa doou-a em couto, no ano de 1125, os freires da Ordem de São João de Jerusalém, radicados no Mosteiro de Águas Santas, na Maia.

D. Sancho I, ao vê-la abandonada, outorgou-lhe foral em 1186 enchendo de privilégios os seus moradores, tentando desta forma assegurar o seu repovoamento.

D. Afonso II renovou-lhe foral em 1217, aumentando-lhe ainda mais as suas regalias. Recebeu foral novo manuelino em 1510.

A comunidade judaica em Gouveia teve também, um papel importante no decorrer da Idade Média, inclusivamente conhecendo-se nomes de judeus que viveram em Gouveia no séc. XIV e XV e a sua importância no trabalho dos lanifícios. É também conhecida uma inscrição hebraica, que servia de torsa à antiga sinagoga de Gouveia, situada na Rua Nova, datada do ano de 5257 da era judaica (1496 da era cristã). A judiaria no Bairro da Biqueira e algumas marcas inscritas nas ombreiras de edifícios da zona histórica da cidade são ainda visíveis, assim como a inscrição no Espaço Arte e Memória.

Foi senhor de Gouveia D. Manique da Silva, filho dos 4.ºs condes de Portalegre, mordomo-mor de Filipe IV de Espanha, que o fez marquês de Gouveia a 20 de Janeiro de 1625; o 5º marquês deste título, D. José de Mascarenhas, veio a ser o 8º duque de Aveiro tendo morrido executado de um modo cruel em Lisboa a 13 de Janeiro de 1759, e por esse motivo Gouveia foi anexada aos bens da Coroa.

A pastorícia era uma vertente econômica muito importante para a comunidade que permitiu também o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que teve um grande papel no desenvolvimento da cidade ao longo do séculos XIX e XX e fazia de Gouveia um centro de evolução industrial, como o prova o facto de em 1870 haver 57 teares mecânicos a funcionar em Portugal, com Gouveia a deter 207 . Em 1873 eram 23 as fábricas que funcionavam no concelho e no final do séc. XIX era o sexto maior centro urbano de facturação industrial em Portugal.8

Em 1917 Gouveia era a segunda cidade com mais operários na indústria dos lanifícios portuguesa, perfazendo um total de 1037, só superada pela Covilhã.

Gouveia foi elevada a cidade por lei de 1 de Fevereiro de 1988.9

O Bairro do Castelo é a zona histórica por excelência da cidade.

Existiu, de facto, uma fortaleza defensiva, pois existem registos documentais que o provam, como é a carta que D. Pedro II enviou à câmara de Gouveia aquando da ida de Catarina de Bragança para Inglaterra, para o seu casamento com Carlos V de Inglaterra, pedindo que se limpasse e alumia-se o castelo de Gouveia para a sua estadia.

O mesmo terá sido destruído por volta do dia 21 de Março de 1811, aquando da retirada das tropas do General Massena, no fim da 3ª invasão francesa, quando estes passam por Gouveia, pois sabemos que destruíram a Igreja de S. Julião com a bandeira de Gouveia, que à data era a da família Silva, sendo este edifício bastante próximo do local onde estaria instalada a fortaleza. Poucos anos mais tarde o aforamento dos terrenos do castelo foram feitos com vista à instalação da Fábrica de Balões Venezianos, edifício que ainda hoje domina a esplanada do Largo do Castelo.

A Casa da Torre (edifício quinhentista), o solar dos Serpa-Pimentel (actual Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira), os Paços do Concelho (antigo Colégio dos Jesuítas), o Solar dos Condes de Vinhó e Almedina (actual Museu de Arte Moderna Abel Manta), o Convento do Espírito Santo, a Igreja de S. Pedro, a Igreja de S. Julião, a Igreja da Misericórdia, as capelas de Sta. Cruz, de S. Miguel e do Senhor do Calvário, as principais referências arquitectónicas da cidade.

 

 

Fonte dos textos: Wikipedia

 

 

Gouveia apresenta uma construção urbana mista de casas antigas com edificios novos. 

 

Esta foto foi tirada em 2001. É interessante ver como o tempo actua os lugares e as pessoas...

 

O edifício da esquerda é a biblioteca municipal.

 

Igreja do município

 

Fonte das fotos: Leonardo Opitz

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