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ARCO DE ALMEDINA

MONUMENTOS

Fazia parte da antiga muralha da cidade.
Porta da Barbacã onde se destaca escultura da oficina de João de Ruão. 
A cidade de Coimbra possuía uma cerca de muralhas, que remonta ao séc. XI, guarnecida de diversas torres de vigia sobre Os acessos A colina.
A Porta de Almedina era uma das principais entradas da cidade, franqueando o acesso ao Bairro Alto da povoação. A cintura defensiva possuía, no entanto, outras entradas: a Porta de Santa Sofia, a da Portagem, a de Belcouce, a da Genicoca, ou Arco da Traição, a Porta do Castelo, ou do Sol, e a Porta Nova.

O Arco de Almedina e a torre de vigia altaneira faziam parte do complexo de defesa desta entrada, que possuía urna outra cortina de muralhas mais avançada, a ocidente, a barbacã, de construção posterior, de que hoje resta O Arco Pequeno de Almedina também conhecido por Arco da barbacã, na subida da Rua Ferreira Borges para a Alta. Supõe-se que este Arco tenha sido construído durante Os reinados de D. Afonso III e D. Dinis.

Durante o séc. XIV e XV a Torre de Almedina transforma-se em centro do poder político municipal. Passa a ser a Casa de Audiência da Câmara, nela tendo lugar as reuniões da Vereação. Decorriam também ai as audiências do Corregedor e do Juiz dos Orfãos.

Aparece então referida nos documentos como Torre da Vereação, Torre da Relação, Torre e Câmara da Vereação.

No cimo da Torre de Almedina ainda hoje se conserva o velho sino que soava anunciando as sessões da Câmara, dava as horas de manha e à noite ao abrir e encerrar das portas da cidade, e tocava a rebate pela peste e outros acontecimentos funestos.

No séc. XVI e XVII a Torre de Almedina aparece descrita na documentação municipal, apresentando a configuração que se lhe reconhece ainda hoje. Dois pisos quadrangulares com escadaria de pedra, e varandas, com uma pequena Capela oratório onde se dizia missa antes das reuniões. Possuía a invocação de Nossa Senhora do Ó, substituída mais tarde pelo culto de Nossa Senhora da Conceição.

Mas nem sempre as reuni6es da Verea9Ao puderam realizar-se na Torre. Os surtos epidémicos de finais de Quinhentos levaram Os Vereadores a reunir fora de portas: em Santa Clara, (no Mosteiro de S. Francisco da Ponte), em Pé de Cão, (nos Paços de D. João Coutinho), em S. Jorge (na ermida de S. Marçal).

A Restauração, contudo, já encontra os Vereadores reunidos na Torre da Cidade onde recebem a noticia em 6 de Dezembro de 1640.

No séc. XVIII, as sessões de Vereação realizam-se, com frequência, noutra casa, a Casa da Praça de S. Bartolomeu, (actual Praça do Comércio, também conhecida por Praça Velha). Situava-se na zona comercial da cidade, por cima dos açougues públicos, próximo da igreja de Santiago.

A Torre encontrava-se bastante degradada. Manter-se-á, todavia, como cartório e arquivo do Município.

Após o Terramoto de 1755, sentido também em Coimbra, a casa da Torre é considerada refúgio mais seguro do que a da Praça.

No século seguinte as tropas do General Massena no assédio à cidade destruirão a Casa da Praça que não voltará a ser reedificada. A Vereação retorna de novo à velha torre.

No séc. XIX, a extinção do Tribunal da Inquisição (1821), faculta à Câmara um conjunto de edifícios, em Coimbra: a Casa da Fonte da Bica, contígua ao colégio de S. Bernardo e com frente para a Rua da Sofia, 110 local actualmente designado por Pátio da Inquisição. Mas venda deste imóvel pelo Estado faz sentir de novo a necessidade premente de possuir um edifício condigno, e mais adequado, às funções de um município oitocentista. A solução é encontrada com a ocupação de parte do Mosteiro de Santa Cruz, num pedido que a cidade faz à Câmara dos Deputados em 1835. As alas do antigo mosteiro sofrerão diversas obras de adaptação até à inauguração dos Paços de Concelho em 1879.

A Torre de Almedina, deixa de ser o centro político de decisão da cidade, tornando-se sede de vários organismos de índole cultural.

Em 1851, é cedida para a Sociedade de Instrução dos Operários dar as suas aulas nocturnas.

Em 1878, é cedida para os ensaios da Filarmónica Conimbricense e para a Escola Livre das Artes do Desenho.

O séc. XX dará à Torre uma nova função cultural: de local destinado à criação artística passará a local de conservação de peças de arte. As colecções preciosas, que andavam dispersas reuniram-se na Secção Etnográfica e Etnológica, primeiro núcleo do Museu Municipal, que a Câmara pretendeu recriar.

O local escolhido foi a Torre de Almedina, edifício histórico classificado em 1910, como monumento nacional e a necessitar de urgentes obras, no dealbar do século.

O Museu Etnográfico será inaugurado, em 1954, na sequência da intervenção da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, do Ministério das Obras Públicas. Estas obras fazem alterações na Torre dando-lhe o aspecto que hoje tem. Com elas desaparece o último vestígio da capela oratório do piso superior.

O Museu etnográfico encerra em 1978 decidindo a Câmara instalar nesse edifício o seu Arquivo Histórico Municipal. Em 1988, e desde então, o serviço de consulta da documentação municipal e atendimento ao público é assegurado nas próprias instalações da Torre de Almedina.

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